Semana 20 | Revista O Meu Bebé

Semana 20

Semana 20

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Já está na 20ª SEMANA 
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BEBÉ
O seu bebé começa a ter o seu próprio ritmo de sono e vigília (que, muitas vezes, não corresponden ao nosso ritmo habitual). O pequeno já mede 25 centímetros e pesa mais de 260g. Se é menina, o seu útero está em formação.

MAMÃ
Nesta semana, ocorre uma coisa curiosa a muitas mulheres: o umbigo “sai” e torna-se pontiagudo. O estômago está comprimido, por isso diminui de tamanho e é preciso comer menos e mais vezes ao longo do dia.

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X EXAMES X

Ecografia morfológica: 10 respostas às suas dúvidas

Está a meio da gravidez! Chegou o momento de fazer uma das principais ecografias, a que irá determinar o sexo do seu bebé e comprovar que tudo está bem. Veja aqui tudo o que deve saber sobre este exame!

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1 EM QUE ALTURA DA GRAVIDEZ SE FAZ E PARA QUE SERVE?  
> A ecografia morfológica faz-se, de preferência, entre as semanas 19 e 21 de gestação, e é a ecografia do segundo trimestre de gravidez. Realiza-se nestas semanas semanas para permitir que o casal conheça a situação a tempo, caso surjam problemas graves. Este exame não serve para verificar a anatomia do feto, pelo que a designação de “morfológica” não é completamente exata. Também tem como finalidade determinar o número de fetos, verificar a atividade cardíaca fetal, estabelecer a idade gestacional, localizar a placenta e verificar a quantidade de líquido amniótico.

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2 É PRECISO ALGUM APARELHO ESPECIAL?
> Não, o único requisito tecnológico é o ecógrafo que pode utilizar uma sonda abdominal com uma frequência mínima de 3,5 Mhz. Até os centros mais modestos têm este tipo de aparelhos.

3 ONDE SE FAZ?
> Normalmente, é o ginecologista quem indica onde ir, seja através do Sistema Nacional de Saúde, seja num centro privado. Muitas vezes estes exames são feitos em parceria com os centros hospitalares.

4 COMO SE FAZ E QUANTO TEMPO DEMORA?

É um exame não invasivo, indolor e de rápida e relativamente simples execução. Depois de aplicar um pouco de gel na barriga da mamã, o médico passa uma sonda que emite ultrassons. Ao passar através das paredes do útero, estas ondas refletem-se de formas diferentes conforme o tipo de tecido que encontram. Isto permite elaborar com precisão uma imagem do futuro bebé que se vê no ecrã de um computador.

Também são efetuadas medições tais como: o comprimento do fémur e do úmero, circunferência do crânio e abdómen, e a distância entre as orelhas (diâmetro biparietal). Dura cerca de 20 minutos.

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5 O QUE É DIAGNOSTICADO?

A chamada ecografia morfológica de primeiro nível, que todas as mulheres fazem no segundo trimestre, não é um exame de diagnóstico, mas sim um estudo de monitorização, destinado a identificar os casos que precisam de uma avaliação mais profunda. É um exame que se baseia em conclusões probabilísticas: as medidas do feto são comparadas com parâmetros pré-determinados para determinada idade gestacional. Sendo assim, a experiência e destreza do  ultrassonografista são fatores determinantes. Não obstante, há que ter em consideração que o feto se encontra em contínua evolução e podem existir malformações só detetáveis mais tarde.
Por todos estes motivos, a sensibilidade da ecografia morfológica, ou seja, a capacidade do exame de identificar possíveis anomalias, é variável. Segundo estudos recentes, e tendo em conta os os diferentes órgãos e sistemas, a sensibilidade média situa-se entre 38 e 61%. São principalmente identificadas as patologias do sistema nervoso central, enquanto as do foro cardiovascular e ósseo são detetadas em menor média.

6 ECOCARDIOGRAMA: DEVE SER COMBINADO COM A ECOGRAFIA MORFOLÓGICA?
> Com a ecografia morfológica, podem detetar-se até cerca de 40% das anomalias cardíacas.
Se o ultrassonografista conseguir visualizar o cruzamento dos dois grandes vasos sanguíneos (a artéria aorta e a artéria pulmonar), a sua “previsibilidade” (a probabilidade de que um indivíduo positivo num teste de monitorização esteja, efetivamente, doente) sobe a 80%.

Apenas no caso de se detetarem anomalias ou existirem dúvidas é conveniente recorrer a um ecocardiograma fetal, um estudo do coração exato e levado a cabo por um especialista através de una sonda específica.

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7 SE A ECOGRAFIA REVELA POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES, QUE OUTROS EXAMES SÃO NECESSÁRIOS?  

> Estudos ecográficos mais exaustivos, com toda a certeza. Nestes casos, falamos de diagnóstico propriamente dito. Uma ecografia de segundo nível é um exame sob prescrição, específico para responder a uma questão específica. O médico que efetuou o exame de primeiro nível reencaminha a mãe para um centro especializado que dispõe de aparelhos mais sofisticados.
A indicação para segundo nível pode ser devida a: suspeita de malformações, descoberta de marcadores suaves, ou seja, parâmetros que estatisticamente se associam a patologias (como a espessura da prega da nuca, que pode levantar suspeitas de síndrome de Down), controlo do crescimento fetal, redução o excesso de líquido amniótico, entre outros. A ecografia de terceiro nível é ainda mais especializada. O exame é feito por um especialista em medicina fetal (um médico obstetra), assessorado por outros especialistas de diferentes áreas (em função da malformação detetada) tendo em vista o diagnóstico e seguimento do tratamento até depois do nascimento.

3D, 4D E 5D: QUANDO SÃO ACONSELHÁVEIS?
> Utilizando a tecnologia 3D, o aparelho memoriza um certo número de fotogramas e efetua uma representação que permite obter uma imagem tridimensional detalhada e muito semelhante à original. Apesar disso, trata-se de uma representação estática. Pelo contrário, com as ecografias 4D, pode visualizar-se uma imagem tridimensional em movimento e em tempo real, tal como em 5D. Do ponto de vista do diagnóstico, podem ser úteis em casos onde é necessário visualizar melhor o teor de uma malformação, como no caso do lábio leporino, ou em presença de anomalias esqueléticas.

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PODE ACONTECER QUE A ECOGRAFIA NÃO DETETE ALGUNS DEFEITOS EVIDENTES?

> Com a ecografia morfológica só se podem detetar algumas das mais de três mil malformações possíveis (as mais importantes). O facto de não se poder diagnosticar uma anomalia, apesar da perícia do médico e da instrumentalização adequada, também depende da ecogenicidade da paciente, ou seja, do grau de idoneidade dos seus tecidos para refletir ultrassons. Por exemplo, a obesidade pode causar dificuldades. Mas também tem influência a quantidade de líquido amniótico e, sobretudo, a posição do feto. De qualquer modo, algumas patologias só se desenvolvem mais tarde, no terceiro trimestre, como é o caso da microcefalia ou de algumas displasias do esqueleto.

10 COM A ECOGRAFIA MORFOLÓGICA PODEM FAZER-SE OUTROS EXAMES?
> En algunos casos, a ecografia pode ser combinada com uma velocimetría Doppler das artérias uterinas.
Trata-se de um exame de segundo nível que só é indicado em algumas circunstâncias, ou seja, quando há problemas com a futura mamã. Por exemplo, se sofreu uma pré-eclampsia numa gravidez anterior,ou se teve um filho com atraso de crescimento intrauterino. Uma ecografia Doppler serve para avaliar os fluxos sanguíneos da placenta, o bebé e as artérias uterinas. Como tal, ela determina se o feto tem condições para crescer normalmente.

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A fluxometria Doppler em 8 perguntas

Este é outro exame importante que o médico poderá realizar neste momento, provavelmente ao mesmo tempo que efetua a ecografia morfológica. Ajudamo-la a perceber melhor em que consiste respondendo às oito perguntas mais frequentes.

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Trata-se de uma técnica ecográfica não invasiva, que permite verificar a direção e velocidade do fluxo sanguíneo nos vasos da mãe e do feto. Atualmente, a fluxometria Doppler é o instrumento mais importante para saber se o bebé está bem. No caso de se tratar de uma gravidez de risco, ajuda a estabelecer o momento em que o parto deve ser induzido.

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1 O QUE REVELA?

> O exame, fornece dados sobre a circulação sanguínea nos vasos maternos e fetais, a fim de identificar eventuais alterações passíveis de causar danos irreversíveis no feto. Se o fluxo for regular, significa que o bebé está bem, bem nutrido e oxigenado. Se, pelo contrário, o fluxo estiver alterado, significa que o bebé não está a receber nem a quantidade de substâncias nutritivas, nem o oxigénio de que precisa. O crescimento do feto, devido a essas circunstâncias, atrasa-se e pode dar-se uma hipoxia crónica (carência de oxigénio). Neste caso, o bebé terá de nascer prematuramente.

2 EM QUE CONSISTE?
> A fluxometria Doppler é baseada no mesmo princípio da ecografia:
uma sonda emite um feixe de ultrassons, que origina ecos mais ou menos intensos consoante o tecido com que se depara. Através desta técnica analisa-se o organismo humano. Em concreto, no exame fluxométrico, examinam-se os vasos maternos e fetais, pelos quais circulam milhões de glóbulos vermelhos em movimento. Através de um efeito descoberto na primeira metade do séc. XIX por Christian Johann Doppler, sabemos que a frequência de eco muda até mesmo se o objeto encontrado estiver em movimento:a análise dos ecos permite assim medir a velocidad e direção do fluxo sanguíneo.

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3 COMO SE PROCESSA?

> O exame é feito com o auxílio de uma sonda abdominal e, caso o ginecologista ache necessário, de uma sonda transvaginal. Dura cerca de 5-10 minutos e não causa nenhuma dor à futura mamã. Deve ser sempre realizado por um especialista.

4 QUANDO SE FAZ?
> Habitualmente, faz-se durante a ecografia morfológica,
no segundo trimestre, entre as semanas 19 e 21, quando se faz a ecografia do primeiro trimestre, a partir da 22ª semana.

No segundo trimestre analisam-se as artérias uterinas através deste exame, para avaliar o risco de surgirem problemas específicos, tais como uma gestose (doença da gravidez que pode acarretar graves consequências para a mãe e feto), ou um atraso no crescimento do feto. No terceiro trimestre são examinadas as artérias umbilicais, a fim de verificar que no há resistências nos vasos que impeçam o fluir do sangue.

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5 O QUE ACONTECE SE O FLUXO ESTIVER ALTERADO?

> Neste caso o bem-estar do feto deve ser constantemente monitorizado: ou seja, a fluxometria deve ser repetida em intervalos mais curtos (de 15 em 15 dias, ou, nos casos mais graves, uma vez por dia), para verificar que as resistências não aumentam e que o fluxo sanguíneo não sofre alterações.

6 O QUE PODE CAUSAR UM CRESCIMENTO DEFICIENTE DO FETO?

> O menor desenvolvimento intrauterino pode estar relacionado com uma insuficiência placentária. A placenta é o órgão que tem a seu cargo o transporte de oxigénio e substâncias nutritivas, indispensáveis ​​para o processso de crescimento e manutenção do bem-estar do bebé: se não funciona bem, o crescimento torna-se mais lento. Isto acontece, por exemplo, quando a futura mamã sofre de hipertensão: neste caso, o organismo põe em circulação hormonas que provocam o aumento da pressão e o estrangulamento dos vasos, causando a perda de elasticidade das artérias. Por conseguinte, os fluxos alteram-se e as substâncias necessárias para crescer não chegam ao bebé.

> Um desenvolvimento reduzido do feto também pode dependender de patologias genéticas que, por vezes, não permitem a sobrevivência da criança. Neste caso também se pode dar uma alteração dos fluxos sanguíneos. Outro fator que pode causar um desenvolvimento anómalo do feto (mas, neste caso, em excesso) é uma intolerância vincada aos açúcares: as artérias modificam-se, alterando os fluxos sanguíneos.

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7 QUE CASOS DEVEM ESTAR SOB VIGIA?
> Devem ser atentamente monitorizados, mediante uma fluxometria em série, todas as gestações que apresentem uma patologia do crescimento:
um atraso (hipodesenvolvimento), ou um desenvolvimento excesivo (macrossomia). Estes problemas podem ser identificados nas ecografias do segundo e terceiro trimestres, nas quais são calculadas as medidas do bebé, comparando os dados com os parámetros standard do crescimento.

> Este exame também se deve efetuar com frequência nas mulheres com hipertensão arterial ou uma intolerância vincada aos açúcares (a chamada diabetes gestacional), e nas que, numa gravidez anterior, tenham sofrido de hipertensão, gestose, ou o feto tenha padecido de uma cromossomopatia .

8 E SE O FETO ESTÁ EM RISCO?
> Neste caso, é necessário identificar o momento mais adecuado para induzir o parto.
Um dos instrumentos que o permitem calcular é a fluxometria Doppler das artérias uterinas, umbilicais e cerebrais. Outros indicadores importantes são o crescimento do bebé, o nível do líquido amniótico e a saúde da mãe. Se se trata de tensão alta, é importante induzir o parto antes que surjam complicações graves.


X SAÚDE X

10 questões de peso

Nesta altura da gravidez já aumentou muito de peso? Acha que agora deve comer por dois? Se comer muito, o feto cresce mais? Esclarecemos as dúvidas mais frequentes sobre este tema.

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1 O AUMENTO DE PESO ACONSELHADO NÃO É IGUAL PARA TODAS
> Não existe um aumento de peso “ideal” para todas as futuras mamãs, uma vez que é preciso ter em conta o peso da mulher antes de engravidar. Em traços gerais, se a mulher tem um peso normal, o aumento total pode oscilar entre os 8 a 12 quilos. No entranto, se no início da gravidez a mulher estava abaixo do peso normal, é natural que aumente mais alguns quilos, ao passo que as que começam com excesso de peso devem prestar mais atenção à balança. É por isso que, logo na primeira consulta, o ginecologista pesa a mulher, para anotar o seu peso de partida e prever, a traços largos, qual será o seu aumento ao longo dos nove meses.

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2 NORMALMENTE ENGORDA-SE UM QUILO POR MÊS 
> Costuma-se dizer que, na gravidez, se ganha um quilo por mês. Na verdade, o aumento não é tão rígido e constante. Por exemplo, no primeiro trimestre, há mamãs que não aumentam nem um grama (principalmente as que sofrem de enjoos ou vómitos, que, certamente, não as convidam muito a comer), ao passo que outras ganham mais um quilo ou dois. Todos estes cenários entram dentro da normalidade, pois é na segunda parte da gravidez que o peso começa a aumentar a sério, em 1,5-2 quilos por mês. No entanto, este aumento também não é constante nem igual para todas as mulheres.

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3 AO LONGO DOS NOVE MESES A NECESSIDADE DE CALORIAS NÃO DUPLICA 
> Antes pensava-se que a grávida tinha de “comer por dois”, a fim de garantir o alimento suficiente, quer para ela, quer para o bebé. Na verdade, basta aumentar o contributo calórico diário em cerca de 300-400 calorias, que, em média, completam a necessidade diária de uma mulher adulta: 2300-2400. Não é preciso uma reviravolta completa nos hábitos alimentares, mas apenas seguir uma dieta variada e equilibrada, que inclua os principais nutrientes (hidratos de carbono, proteínas, gorduras e oligoelementos). O melhor modelo continua a ser a nossa clássica dieta mediterrânica.

4 OS QUILOS GANHOS NA GRAVIDEZ PODEM  DEPOIS PERDER-SE
> Se os quilos ganhos estão dentro dos limites, depois do parto não terá qualquer dificuldade em recuperar o peso inicial. Em questão de semanas, os depósitos de lípidos acumulados na gravidez são eliminados sem problemas, a retenção de líquidos abranda, o volume plasmático diminui e o útero recupera o seu tamanho original. Tudo volta definitivamente ao normal. Para recuperar o peso habitual mais depressa, o melhor é praticar uma atividade física moderada (passear o bebé no carrinho é o ideal) e dar mama ao bebé. Muitas mulheres estão convencidas que a amamentação engorda, quando, na verdade, é exatamente o oposto, já que a produção de leite implica um gasto energético de cerca de 500 calorias diárias.

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5 NÃO É PRECISO TOMAR SUPLEMENTOS ALIMENTARES 
> Se a mamã se alimenta de forma equilibrada, não há qualquer necessidade de tomar suplementos, exceto o ácido fólico, que é prescrito à grávida alguns meses antes da conceção, a fim de prevenir eventuais defeitos do tubo neural do feto, como a espinha bífida. Já é diferente o caso em que existam carências de determinados nutrientes logo a partir do início da gestação. Se, por exemplo, a mulher for alérgica ao leite e seus derivados, o ginecologista irá prescrever um complemento de cálcio. Se as análises de sangue indicam uma anemia, a mamã deve tomar um suplemento de ferro. No entanto, trata-se de casos específicos, e não da norma. Também os ácidos gordos Ómega 3 cuja influência positiva no desenvolvimento cerebral da criança é demonstrada por cada vez mais estudos, podem ser obtidos no peixe, sem necessidade de recorrer a qualquer fármaco.

6 O AUMENTO DE PESO NÃO É DETERMINADO PELO FETO NEM PELA PLACENTA
> O feto e a placenta só representam um terço do peso total,
dado que, ao nascer, o bebé pesa uma média de três quilos. Por seu lado, a placenta atinge uns 300-500g no final da gravidez. De onde vem o resto? Pode-se somar facilmente: além do líquido amniótico, que no nono mês tem cerca de meio litro, há que ter em conta o aumento de volume plasmático, ou seja, da parte líquida do sangue, que, no fim da gravidez, aumenta em 1,5-2 litros. Acrescente-se o útero, que, nas últimas semanas de gravidez, pode atingir um quilo de peso. Outros três ou quatro quilos são constituídos pelo tecido adiposo que, desde o princípio, é produzido pelo organismo materno para garantir uma reserva suficiente de lípidos. Também se adiciona o volume do tecido glandular mamário, que duplica na gravidez, a fim de preparar o peito para a produção de leite, com um aumento variável em função do peso individual à partida. Completa o quadro uma maior retenção de líquidos, que, dentro de certos limites, é considerada fisiológica, sobretudo na reta final.

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7 GANHAR MUITOS QUILOS NÃO É SÓ UM PROBLEMA ESTÉTICO
> Não há dúvida que quantos mais quilos se ganha na gravidez, mais difícil será eliminá-los depois.
No entanto, o problema não é apenas de natureza estética: quanto mais a mulher aumenta de peso, mais propensa será a sofrer os problemas típicos da gravidez, como varizes, hemorroidas ou dores de costas. Mas, sobretudo, a dilatação e o parto podem ser difíceis, o que aumentaria a probabilidade de ter de recorrer a manobras obstétricas para ajudar o bebé a nascer, como a aplicação de ventosas, o fórceps, ou o recurso à cesariana. Isto não só pelo tamanho do bebé, mas pelas dificuldades da mamã, devido a um organismo menos ágil e a uma maior sensação de cansaço. A mamã com excesso de peso participa de forma menos ativa e aguenta mal o esforço do parto. Por fim, uma mulher obesa tem mais probabilidades de sofrer de certas patologias da gravidez, como a diabetes gestacional, hipertensão e pré-eclampsia.

8 O BEBÉ NÃO CRESCE MAIS SE A MAMÃ GANHA MUITO PESO
> Não existe uma relação linear entre o aumento de peso da mamã
e o crescimento fetal, porque o que aumenta é o tecido adiposo materno, enquanto o bebé continua a ingerir apenas o alimento necessário para crescer. Em alguns casos, pode mesmo acontecer o contrário: algumas patologias que uma futura mamã com peso a mais pode enfrentar (como a pré-eclampsia ou a diabetes gestacional) podem provocar um crescimento menor da criança, porque a placenta funciona mal e não nutre o bebé de forma eficaz.

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9 AINDA QUE A MAMÃ GANHE POUCO PESO, O BEBÉ CRESCE NORMALMENTE
> Face a esta circunstância, há que fazer uma distinção. Há mulheres que se alimentam normalmente de forma equilibrada e que, graças a um metabolismo “afortunado”, por assim dizer, não aumentam mais de seis ou sete quilos até ao fim da gravidez. Neste caso, o crescimento do bebé e o seu peso ao nascer serão completamente normais, porque todas as suas necessidades nutricionais foram satisfeitas. É diferente o caso das futuras mamãs que se alimentam abaixo das suas necessidades, como as que sofrem de anorexia, ou as que vivem em condições de pobreza que podem enfrentar carências nutricionais graves, o que dá origem a um crescimento deficiente do feto.

10 NÃO TEM DE SE PESAR TODAS AS SEMANAS
> Os fatores que podem influenciar um maior ou menor aumento de peso são numerosos: em certos dias, os enjoos tiram o apetite; outras vezes dá-se uma maior retenção de líquidos. Por esta razão, um controlo mais frequente só pode resultar numa ansiedade injustificada. Regra geral, pesar-se uma vez por mês, durante a consulta de rotina ao ginecologista, é mais que suficiente. Apesar de ser correto controlar o peso e evitar comer por dois, também é certo que a balança não se deve transformar numa obsessão e que não tem de querer atingir a perfeição: a regra básica deve ser sempre a do senso comum.

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Como combater a dor de costas

Começou a ter dores de costas? É um problema absolutamente normal na gravidez, que se intensifica à medida que a barriga cresce. Oferecemos-lhe alguns conselhos para prevenir e aliviar o mal estar.

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Muitas vezes, a sensação surge de repente, ao levantar-se da cama ou carregar pesos. Esta dor, que certamente já sentiu antes de forma mais leve, transforma-se então numa pontada intensa nas costas. A partir deste momento, qualquer movimento tem de ser feito com muito cuidado e lentidão, para evitar contraturas dolorosas. Os médicos definem este problema como “lombalgia da gravidez”.

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UM PROBLEMA MUITO COMUM
A partir do sexto mês, a dor de costas considera-se fisiológica. Normalmente, a coluna vertebral não é reta; as suas curvas empurram o abdómen e a cabeça para a frente, e o torso levemente para trás, a fim de baixar o centro de gravidade e permitir que o corpo possa ficar de pé sem gastar demasiada energia.

> No entanto, a situação muda de figura durante a gravidez. A futura mamã tem tendência a “espetar” o abdómen para a frente para manter o equilíbrio, acentuando a curvatura natural na parte de baixo das costas. Isto faz com que os músculos abdominais e paravertebrais, situados em ambos os lados da coluna, estejam constantemente contraídos, causando dores quando se fica demasiado tempo em pé. A consequência é que algumas mulheres chegam a sofrer dores agudas (autênticas lombalgias) apesar do aumento da elasticidade dos tecidos típico da gravidez. De facto, um estudo da Universidade de Hong Kong, efetuado num grupo de mulheres que sofriam de dores de costas no sétimo mês de gravidez, veio demonstrar que a dor quase nunca se deve a um problema nas vértebras, mas sim à flexibilidade das articulações e dos ligamentos da pélvis e da região lombar, estimulada precisamente pelas hormonas da gravidez.

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CONSELHOS PARA PREVENIR A DOR
Muitas vezes, para evitar ou atenuar a dor de costas, basta seguir alguns conselhos básicos.

> Se possível, frequente um curso de ginástica ligeira ou de stretching logo a partir dos primeiros meses de gravidez, a fim de reforçar os músculos.

> Também é conveniente habituar-se a manter uma postura correta sempre que tiver de ficar de pé durante um certo tempo, deslocando um pouco a pélvis para a frente e distribuindo continuamente o peso de uma perna para a outra.

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Stretching em 10 passos

Sente os músculos contraídos e doem-lhe as costas? Experimente o stretching! É um tipo de ginástica suave que a pode ajudar a adquirir mais elasticidade e a exercitar os músculos face ao parto, proporcionando-lhe uma sensação de bem-estar.

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1 EM QUE CONSISTE?
Stretching é uma palavra inglesa que significa “alongamento”, “distensão”. Esta ginástica não tem como objetivo consumir calorias, ou aumentar a massa muscular, mas sim adquirir mais elasticidade nos músculos e nas articulações, eliminando as contrações devidas ao stress, ao cansaço, ou, no caso das futuras mamãs, ao peso da barriga, que desequilibra todo o corpo.

> Os exercícios são muito lentos e consistem numa série de alongamentos das camadas musculares, em pé ou deitada, acompanhadas por uma respiração profunda. Os movimentos propostos às futuras mamãs durante os cursos de preparação para o parto não são os clássicos do stretching, praticados nos ginásios; são exercícios revistos e adaptados, tendo em conta certas limitações, como a presença da barriga e a deslocação do centro de gravidade do corpo.

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2 PARA QUE SERVE?
A gravidez produz um certo número de mudanças no corpo da mulher. A primeira de todas é a barriga, que obriga a procurar novas posturas de modo a manter o equilíbrio, quando se está de pé ou a andar. Com o avançar dos meses, é inevitável que a futura mamã ganhe peso e perca desenvoltura.

> O stretching ajuda-a a recuperar parte dessa agilidade perdida, e também a ganhar confiança apesar das mudanças operadas no seu corpo. Além disso, estes exercícios servem para treinar e tornar mais elásticos os músculos que a mamã irá usar durante o trabalho de parto: os das pernas, das costas, e do períneo.

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3 VANTAGENS PARA O ORGANISMO
Um dos problemas que mais afetam as gestantes quando a gravidez já vai adiantada é a dor de costas, consequência do peso da barriga e da adoção de uma postura incorreta, que consiste em arquear a espinha dorsal para trás.

> Com as aulas de stretching, ajuda-se a corrigir essas más posturas.
Também serve para relaxar os músculos do pescoço e das pernas, que muitas vezes estão contraídos por causa da tensão nervosa. Repetindo estes exercícios, até mesmo sozinha em casa a futura mamã consegue aliviar o mal-estar em qualquer momento do dia.

> Além disso, o exercício físico praticado nos últimos meses da gravidez ajuda a chegar ao momento do parto mais relaxada. Descontrair os músculos tem um efeito muito positivo: o trabalho de parto torna-se mais ágil e menos cansativo.

4 BENEFÍCIOS PARA A MENTE
O stretching praticado nos cursos de preparação para o parto não é apenas uma atividade física. É, antes de tudo o mais, uma técnica para adquirir confiança no próprio corpo e para refletir sobre si mesma e sobre o seu filho. Daí que se tente incluir o bebé nos exercícios, estimulando-o através da barriga e prestando atenção aos seus movimentos de resposta aos maternos.

> A finalidade destes cursos é, sobretudo, ajudar as futuras mamãs a viver melhor consigo mesmas neste momento tão delicado e especial das suas vidas.

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5 UM EXEMPLO DE AULA
>  As aulas duram cerca de hora e meia e têm uma frequência semanal.
O início é muito suave: espera-se que cheguem todas as participantes e conversa-se por uns minutos, incentivando-se, assim, as grávidas a comparar experiências, a fazer amizades e a partilhar dúvidas e preocupações. Depois,é-lhes proposta uma série de exercícios para esticar e relaxar os músculos do pescoço, das costas e das pernas. Muitas vezes, as mamãs chegam ao curso depois de um dia cansativo e precisam, mais que tudo, de aliviar a tensão. Mais tarde, dedica-se algum tempo à respiração e ao relaxar do corpo. Para terminar, propõe-se uma série de exercícios de alongamento dos músculos das costas e das pernas, e de preparação do períneo, sempre ao som de peças de música clássica. Esta música de fundo não é para dar ritmo, mas para relaxar.

6 A DURAÇÃO
Normalmente, os cursos de preparação para o parto começam no sétimo mês, por isso costumam durar dois ou três meses. No entanto, se a mamã tiver tempo, seria preferível começar com o stretching logo no início da gestação, para que o organismo se prepare melhor para as mudanças futuras.

7 APLICAÇÃO DO MÉTODO
> Durante as aulas, as mamãs são convidadas a adotar posições que possam vir a ser úteis no parto. Deste modo, a gestante pode saber como se sente mais à-vontade para alongar os músculos do períneo, ou mexer-se mais livremente. Assim, a mamã pode aproveitar a força da gravidade quando faz força e agilizar o nascimento do seu bebé. Também o tempo de trabalho de parto se vê diminuído em relação ao parto clássico, na posição deitada.

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8 PRÓS E CONTRAS
O stretching favorece a harmonia psíquica e física durante a gravidez e ajuda a viver o parto de uma forma não passiva, e sim como protagonista.

> É sempre contraindicado quando há contrações ou ameaça de aborto. A última palavra a respeito da atividade física da grávida pertence ao obstetra, que se apoia numa avaliação completa do estado de saúde da futura mamã e no modo como a gravidez decorre.

9 O QUE PODE FAZER SOZINHA
> Um curso de 90 minutos por semana, durante dois ou três meses, é quanto basta para aprender os movimentos mais adequados às exigências das futuras mamãs e as diferentes técnicas de relaxamento. Mas seria ainda melhor se os exercícios aprendidos no curso se repetissem depois, por conta própria, em casa. Para o conseguir de modo eficaz, precisa de um local tranquilo e silencioso, uma almofada no chão e música relaxante, e dedicar 30 minutos por dia a ouvir o seu próprio corpo e os movimentos do bebé.

10 ADVERTÊNCIAS
> Nem todas as grávidas podem frequentar um curso de stretching.
É o médico quem deve avaliar se a gravidez se desenvolve bem e se a futura mamã pode praticar uma atividade física como esta. Face a determinados fatores de risco (ver o ponto 8), o exercício é contraindicado e é preciso descansar. No caso de ciática ou de problemas nas articulações das pernas, pelo contrário, a grávida não deve renunciar ao stretching: pode combinar com o professor alguns exercícios personalizados, que levem em consideração as suas dificuldades para que a ajudem a superá-las.

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OBRIGADO POR NOS LER
Receberá o próximo número
da revista na semana que vem

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